Israel (8): Jerusalém, “muro das lamentações” e plataforma das mesquitas
Independentemente da relação que se possa ter com Israel político, o contacto com a oração e os rituais judaicos é sempre algo de muito intenso.
Colocar um “Kippa” na cabeça e ir tocar no “muro das lamentações”, colocar um bilhete com uma oração nas fendas do muro, deixar-se tocar pela seriedade com que os crentes judeus o fazem ou pela alegria com que abrem o rolo da Thora… é uma experiência inesquecível.
Observei um grupo de jovens militares, metralhadora ao ombro… estavam em serviço de segurança?! de certo, mas um deles aproveitou a ocasião e escrevia a sua intenção de oração num papelinho, para logo o colocar no muro…
As mesquitas, por mais belas que sejam, estão ali colocadas sobre uma plataforma que fez tábua rasa de tudo o que ali havia. Debaixo do ladrilho, haverá todas as ruínas do templo, toda a história da fé do Povo de Israel. Que fazer com uma história que se foi fazendo por camadas, em que a de cima pretende esconder e mesmo renegar a que ficou por baixo?!
Lamentável que os muçulmanos não nos permitem entrar nas suas mesquitas… Por outro lado o fenómeno actual do turismo de massas ajuda a perceber a atitude reservada…
Onde antes havia templo “só” de judeus, há hoje este compromisso cheio de tensões, de uns rezarem em baixo no “muro” que resta, e outros rezarem em cima nos seus “templos” construídos sobre as ruínas do velho templo de Jerusalém…
Será que se reza pela paz em cima e em baixo?! Oxalá! O Espírito de Deus (Deus de Abraão, o pai na fé de ambas as religiões) abra os corações de uns e outros !
Jn
12.09.2019